Portugal terminou a 17 de maio três anos de programa de resgate da ‘troika’. Muitas foram as mudanças impostas pelos credores e pelo Governo para Portugal cumprir as metas acordadas.

Foi sempre pelos números que se mediu o sucesso ou insucesso da estratégia, e esses revelam um país mais pobre e endividado do que aquilo que era esperado inicialmente. A economia caiu mais do que o esperado, a dívida, o desemprego e o défice aumentaram acima das previsões, e só as contas externas superaram, de forma positiva, as expetativas de 2011.

As previsões são difíceis de fazer, especialmente em tempos de crise, mas as diferenças entre o que se esperava em 2011 e o que acabou por acontecer são consideráveis.

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O único destes seis indicadores em que o Governo teve melhores resultados do que o previsto. Se estão para durar, é outra conversa.

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Foi reconhecido como o maior flagelo durante o resgate. É, também, o indicador que mais tempo demora a recuperar após crises financeiras.

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Portugal não devia ter uma dívida superior a 60% do PIB. No fim do resgate, está quase nos 130%.

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Mais um ano de recessão do que o esperado e destruição de riqueza maior do que as previsões iniciais.

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Um indicador muito afetado pelas medidas de austeridade durante o período do resgate, em especial pelos aumentos de impostos.

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Baixar o défice era a palavra de ordem. O défice baixou, mas mais tarde e menos do que previsto inicialmente.