Um tribunal turco acusou de homicídio involuntário três das 25 pessoas detidas, na sequência da maior catástrofe mineira do país, em Soma, que provocou 301 mortos, anunciou este sábado o procurador da cidade onde ocorreu o acidente.

“Vinte e cinco pessoas estão atualmente detidas, enquanto três estão acusadas de homicídio involuntário”, indicou à comunicação social o procurador da cidade de Soma, a oeste da Turquia, Bekir Sahiner.

Segundo a BBC, entre os detidos estão o diretor geral da mina, Ramazan Dogru, e o gestor de operações, Akin Celik. No entanto, ainda não é claro se algum dos dois vai também ser acusado.

As operações de socorro terminaram no sábado, após a recuperação dos corpos dos últimos dos 301 mineiros que morreram naquele que foi o pior acidente industrial do país.

Dezenas de procuradores foram destacados para investigar o fogo e a explosão, que terão sido provocados por uma falha elétrica numa mina particular no distrito de Soma.

A operadora da mina, a Soma Komur, negou veementemente qualquer negligência.

Um relatório preliminar a que o jornal Milliyet teve acesso aponta, no entanto, para várias violações às regras de segurança na mina, incluindo um número insuficiente de detetores de monóxido de carbono e tetos feitos em madeira em vez de metal.

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