Ontem, a notícia do dia em Silicon Valley era a aquisição da empresa produtora de auscultadores Beats Electronics por parte da Apple: “Um grande negócio”, dizia o CEO Tim Cook. Mas se pusermos em perspetiva, nada de novo. “Comprámos 15 empresas no ano passado e 12 só este ano”, diz o diretor executivo mais bem pago do mundo ao USA Today. “Ao todo, foram 27 no últimos 18 meses”.

A lista é extensa e vai desde tecnologia de reconhecimento de voz,  a software de captação de fotografia, ecrã tátil ou desenvolvimento de mapas. Esta quarta-feira foi a vez da aquisição mais cara e também mais mediática. A Beats foi comprada por 3 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros), um valor que parece elevado mas que, de acordo com o USA Today, representa apenas uma pequena fração do total de 160 mil milhões de dólares detidos pela empresa da maçã.

Está, pelo menos, em linha com as aquisições mais recentes de outras empresas do meio. A Google, por exemplo, comprou a Nest por 3,2 mil milhões de dólares e o Facebook, do multimilionário Mark Zuckerberg, protagonizou a fusão empresarial mais mediática dos últimos meses, adquirindo a WhatsApp pela quantia de 19 mil milhões de dólares.

As vendas de iPhone, iPad e outros equipamentos da Apple não param de aumentar. E Cook, que sucedeu ao emblemático Steve Jobs na direção da empresa, garante que não vai ficar por aqui.

“A Apple prepara-se para fazer coisas grandes no curto prazo”, diz o CEO. “Coisas excitantes, que as pessoas vão adorar”, reforça, referindo-se ao que deverá ser anunciado na conferência anual da Apple (a Worldwide Developers Conference), que se realiza já no próximo dia 2, até dia 6.

“Depois de conseguirmos coisas aparentemente inatingíveis, ficamos animados”, confessa.

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