O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, afirmou nesta terça-feira que a conclusão do programa de ajustamento financeiro português “traz o otimismo necessário” para que a Grécia também termine o seu programa em breve. “Acredito que a experiência portuguesa vai trazer o otimismo necessário para que a Grécia faça o mesmo em breve. O povo grego também sofreu sacrifícios enormes”, afirmou Antonis Samaras aos jornalistas depois de uma reunião com o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho.

Os dois primeiros-ministros estiveram reunidos à margem do encontro “Jornadas de Trabalho” do Partido Popular Europeu (PPE) que decorre entre segunda e quarta-feira, em Albufeira. Antonis Samaras indicou que os dois governantes partilharam “experiências comuns” e disse esperar que o próximo jogo de futebol no Mundial do Brasil da seleção portuguesa corra melhor.

O primeiro-ministro grego recusou pronunciar-se sobre a possibilidade de um terceiro plano de assistência financeira ao país, num valor inferior a 10 mil milhões de euros, conforme admitiu o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, no início de junho.

Atenas está sob supervisão financeira dos parceiros europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI) desde 2010, sob a forma de dois planos de assistência sucessivos, que representam um empréstimo de 240 mil milhões de euros em troca de profundas reformas e cortes orçamentais que asfixiaram a economia do país.

O Governo grego, que anunciou recentemente progressos encorajadores no estado das contas públicas, gostaria de dispensar um terceiro plano de assistência, sinónimo de novas restrições impostas pela União Europeia, o FMI e o Banco Central Europeu, que compõem a ‘troika’.

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