A pornografia infantil atingiu uma escala “epidémica”. Quem o diz é Ian Quinn, o chefe da Virtual Global Taskforce, um grupo que agrega várias forças policiais e agências de segurança à escala internacional e cujo objetivo é acabar com a pornografia infantil.

Em 2013 o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos conduziu mais de 4.000 investigações sobre pornografia infantil. “A nível global não há um país que se possa esconder deste tipo de crime”, explica Ian Quinn. Numa tentativa de combate, os Estados Unidos lançaram em 2003 a Operação Predador que assenta em três pilares fundamentais: salvar crianças, processar os seus agressores e parar o tráfico de imagens obscenas com crianças. Desde o início da operação que se registaram mais de dez mil detenções a nível mundial. Nos últimos seis meses, já foram detidos mais de mil suspeitos.

De acordo com a BBC, que descreve uma operação de detenção de um homem norte-americano que tentava enviar imagens obscenas através de uma conta no Gmail, os Estados Unidos da América têm 61 unidades especializadas em crimes cibernéticos contra as crianças, constituídas por polícias locais e agentes federais. A operação, que decorreu em Los Angeles, envolveu vinte e um agentes da polícia. De acordo com a tenente Andrea Grossman, estas operações ocorrem “entre três a cinco vezes por semana”. A quantidade de imagens de abusos sexuais infantis na internet “está fora de controlo e só agora é que estamos a atingir a superfície desse universo”, acrescentou.

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