Maria de Belém, presidente do Partido Socialista, pediu a intervenção da Procuradoria Geral da República para investigar os incidentes que ocorreram à saída da reunião da Comissão Nacional socialista, no passado domingo, em Ermesinde. Em entrevista à Antena1, a presidente do PS considerou inaceitáveis os protestos contra o candidato às primárias António Costa, à saída da reunião, e pediu a intervenção do Ministério Público – por considerar que o seu raio de ação enquanto presidente do partido é limitada.

“Estamos numa fase delicada da vida política, já que nos aproximamos do termo de mandato deste Governo, um mandato muito desastrado, e precisamos de um PS unido, coeso e forte”, explicou Maria de Belém, acrescentando que a atual situação interna do partido “é uma coisa” que a “preocupa”.

Na terça-feira, Maria de Belém já tinha feito uma declaração por escrito onde repudiou “episódios e incidentes diversos que refletem posturas inaceitáveis” no atual momento da vida interna do PS. A presidente do partido exigiu “de todas e de todos respeito e tolerância pelas diferentes visões, diversidades e perspectivas que integram o património do PS”,  argumentando que “a melhor forma de perder a razão é substituir os argumentos pela injúria ou pela ameaça física ou verbal”.

ala esquerda pede mais rapidez a seguro

António Fonseca Ferreira, membro da Comissão Política Nacional socialista e líder da corrente “Esquerda Socialista”, apresentou também esta quinta-feira uma proposta ao secretário-geral do partido para que o período de inscrição dos simpatizantes e a elaboração dos cadernos eleitorais seja antecipada uma semana, passando a realizar-se entre 15 de julho e 14 de agosto. A proposta será debatida na reunião da Comissão Política Nacional desta noite, onde será definido o regulamento interno das eleições primárias. O objetivo é antecipar ligeiramente o calendário das primárias.

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