O Banque Privée Espírito Santo (BPES), banco suíço que pertence ao Grupo Espírito Santo, está em incumprimento, segundo a informação revelada esta segunda-feira pelo Expresso Diário. Em causa, está o não pagamento de, pelo menos, uma obrigação que vencia a 26 de junho de 2014, no valor de 150 mil euros. Ao dia de hoje, o investimento vale zero.

O documento a que o Expresso teve acesso denuncia o investimento de um cliente da instituição em “default”, mas o banco indicou que se trata de um erro informático. “A expressão que consta no extrato bancário é utilizada, por defeito, pelo sistema de registo informático, e é utilizada para aplicações financeiras cujo vencimento se encontra em atraso,” respondeu o BPES ao Expresso.

A obrigação, que foi adquirida por uma empresa, deveria ter sido paga até sete dias depois do final do prazo, mas tal não aconteceu. O cliente adiantou ao Expresso que tinha colocado cerca de meio milhão de euros em aplicações no BPES, como “refúgio para colocar poupanças quando começou a crise da dívida pública em Portugal”.

Já na sexta-feira, o Expresso tinha noticiado a falha de alguns pagamentos. O banco respondeu às notícias referindo que o Grupo Espírito Santo desenvolveu um plano de reorganização que inclui a reestruturação da dívida da Espírito Santo Internacional (ESI) e que este se deverá iniciar em breve.

A 1 de julho, o BPES enviou uma carta circular para os clientes com investimentos na ESI a comunicar um atraso no pagamento das aplicações fiduciárias e das colocações privadas de curto prazo, segundo o Expresso. Na carta, o banco adianta estar a tomar todas as medidas necessárias junto da ESI para assegurar a salvaguarda dos interesses dos clientes.

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