O antigo presidente do Conselho de Administração da Jerónimo Martins Alexandre Soares dos Santos classificou hoje como lamentável o que se passa com Banco Espírito Santo (BES) e a família.

Alexandre Soares dos Santos falava aos jornalistas à margem da inauguração das novas linhas de produção da fábrica de Santa Iria de Azóia da Unilever Jerónimo Martins (UJM), que representam um investimento de 30 milhões de euros e vão aumentar a produção entre 30% e 50%.

Questionado sobre se está preocupado com a atual situação do BES, Soares dos Santos afirmou apenas: “Brutal, brutal, brutal”.

“Esta história, alguém do Banco de Portugal deveria explicá-la”, disse, salientando não poder comentar a situação por desconhecimento sobre o que realmente se passa no BES.

“Só posso dizer que acho lamentável o que aconteceu a uma empresa como o BES, a uma família como a Espírito Santo”, que sempre foi crescendo e “o impacto que isso tem, veja [que] a Mota-Engil cancelou a operação”, apontou.

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A Mota-Engil informou hoje que interrompeu a entrada da Mota-Engil África na London Stock Exchange devido “à recente e significativa deterioração das condições de mercado e do consequente resultado no sentimento dos investidores”.

Questionado sobre se a situação do BES tenderá a piorar, Alexandre Soares dos Santos escusou-se a comentar.

“Em Portugal nunca se sabe o que vai acontecer”, disse, adiantando que não tem “relações com ninguém do banco”.