Um avião da TAP com destino a São Paulo foi forçado a aterrar de emergência, este sábado de manhã, em Lisboa pouco depois de sair da Portela porque algumas partes internas do motor se partiram quando o avião começou a descolar e foi perdendo essas mesmas peças pelo caminho, apurou o Observador, tornando-se no quinto incidente com aviões da TAP em pouco mais de um mês – o quarto em voos de longo curso.

O voo da TAP levava 268 pessoas a bordo para São Paulo, mas quando descolava algumas partes internas do motor (ainda desconhecidas) partiram-se. O estrondo foi grande e, para algumas pessoas, parecia mesmo uma explosão, mas, segundo apurou o Observador, nunca chegou a haver fogo.

As peças que se partiram na descolagem foram então caindo nas zonas em redor do aeroporto, tendo atingido algumas viaturas na zona de Camarate.

O avião foi forçado a aterrar pouco mais de uma hora depois, como explicou fonte oficial da TAP à Lusa, e “tudo correu bem na aterragem”, estando a empresa a procurar “a solução mais rápida” para levar os passageiros a São Paulo.

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Apesar do estrondo provocado pelas partes internas do motor GE-CF6 do avião CS-TOO, (cn 914), um Airbus 330 que foi batizado “Fernão de Magalhães”, o voo até podia prosseguir com apenas um motor a funcionar, mesmo numa viagem de longo curso. Mas isso seria numa situação extrema e não foi considerado aconselhável.

O motor será agora retirado do avião e desmontado pelos mecânicos da TAP para se fazer a peritagem do incidente.

Este incidente é já o quarto em pouco mais de um mês nos voos de longo curso da TAP, a que se junta a aterragem de emergência em Paris na semana passada de um avião da TAP devido a um problema de despressurização, quando voava de Lisboa para Amesterdão.

No dia 17 de junho, um avião da TAP que voava para Brasília teve de voltar para trás ao fim de quatro horas de voo.

A 15 de junho, um voo em direção a Luanda teve de regressar ao aeroporto de Lisboa devido a uma falha mecânica que impediu a recolha de um dos trens de aterragem.

A 8 de junho, um voo da TAP teve problemas a descolar do Aeroporto Internacional de Belém, no Brasil, e terá saído do taxy way (o caminho que liga a pista de aterragem aos lugares de parqueamento dos aviões), alegadamente devido às condições climatéricas e a um erro do piloto, acabando por atolar o avião numa zona relvada.

Contactada pelo Observador, a PSP diz que não há feridos registados pelo incidente até ao momento, e que há alguns danos em viaturas estacionadas na zona de Camarate. As peças que foram recolhidas nos momentos que se seguiram ao incidente são “de muito pequena dimensão”.

Em comunicado enviado posteriormente, a transportadora aérea diz que já está a investigar as causas do incidente, explicando que houve uma falha numa turbina de um dos reatores do avião pouco depois da descolagem, e que houve posteriormente a projeção de alguns detritos pela tubeira de escape.

Os danos provocados pelas peças serão assumidos pela TAP.