O movimento de mercadorias nos portos portugueses aumentou 5,2% no primeiro trimestre deste ano em termos homólogos, segundos os dados divulgados nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), fixando-se em 18,6 milhões de toneladas, um valor para o qual foi determinante o aumento do movimento de mercadorias nos portos de Aveiro (24,2%), Setúbal (23,5%), Lisboa (5,7%) e Sines (4,6%).

O número de embarcações entradas nos portos nacionais cresceu 2%, correspondendo a 3.160 navios, diz o INE, acrescentando que os portos com maiores incrementos foram os de Setúbal (16,3%) e Sines (16,2%). Já os portos de Figueira da Foz, Praia da Vitória, Caniçal e Leixões registaram reduções no número de embarcações escaladas.

O INE avança ainda que em Sines concentrou-se 41,1% do movimento de mercadorias nos portos nacionais, tendo cabido ao porto de Leixões um contributo de 20,7%, enquanto aos portos de Lisboa e Setúbal corresponderam pesos de 14,7% e 10,3%, respetivamente.

O gabinete de estatísticas refere que o tráfego internacional de mercadorias atingiu 15,7 milhões de toneladas, refletindo uma variação positiva de 4,8%, destacando o crescimento em Setúbal e Aveiro (27,8% e 15,6%, respetivamente). O movimento de mercadorias entre portos nacionais aumentou 7,3%, totalizando 2,9 milhões de toneladas, tendo Sines e Leixões apresentado aumentos de 22,4% e 5,8% no movimento nacional de mercadorias.

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Por via aérea, o movimento de carga e correio nos primeiros três meses do ano interrompeu a série descendente dos últimos três anos.

Também o movimento de mercadorias por comboio intensificou-se neste trimestre, com uma subida de 20,3% nas toneladas transportadas, variação que contrastou com a queda registada no mesmo período de 2013 (18,9%) e suplantou as variações observadas nos terceiro e quarto trimestres de 2013 (7,4% e 8%, respetivamente).

O volume de transporte aumentou mais do que proporcionalmente (30,4%) face à tonelagem, totalizando 578,1 milhões de toneladas-quilómetro. O transporte rodoviário de mercadorias moderou o crescimento ao subir 16,6%, menos 3,4 pontos percentuais face ao trimestre anterior, devido ao abrandamento tanto do tráfego nacional como da componente internacional.

Por via aérea, o movimento de carga e correio nos primeiros três meses do ano interrompeu a série descendente dos últimos três anos, registando um crescimento de 3,4%, totalizando 34,4 mil toneladas movimentadas. Para este aumento contribuiu o volume de carga e correio desembarcados (+8,5%), já que o volume de carga e correio embarcados caiu 0,6%.