Pelo menos vinte pessoas morreram e outras 160 ficaram feridas num descarrilamento ocorrido na manhã desta terça-feira no metro de Moscovo, na Rússia. Este número de mortos foi confirmado pelas autoridades, depois de terem surgido notícias que davam conta da existência de 16 pessoas mortas. O número de vítimas mortais tem vindo a aumentar desde o acidente, à medida que as equipas de socorro vão retirando corpos das carruagens.

O maquinista, que foi dado inicialmente como morto, encontra-se vivo e a receber tratamento hospitalar. Segundo um adjunto da câmara de Moscovo, haverá ainda 12 corpos dentro do comboio acidentado.

A causa do descarrilamento terá sido a travagem brusca de um comboio na linha azul escura daquele metropolitano, que é dos mais antigos e mais extensos do mundo – e o mais movimentado, com cerca de 9 milhões de passageiros todos os dias úteis.

De acordo com o Russia Today, foram mobilizados para o terreno oito helicópteros e quarenta ambulâncias que estão a prestar assistência aos feridos – dos quais metade está em estado muito grave. Neste momento já não há pessoas encarceradas nem na composição acidentada nem nas restantes estações da linha.

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“Ficámos presos e só saímos por milagre, pensei que fosse o fim”, disse um homem à Reuters. Um outro, Ivan, ouvido pelo Russia Today, relatou que “o pânico estalou” nas carruagens. “Fui atirado ao ar. Havia sangue no chão, cabeças feridas, braços partidos”, diz.

Para já, está afastada a hipótese de um atentado terrorista, mas o presidente da câmara moscovita, Sergei Sobyanin, prometeu medidas contra os responsáveis pelo sucedido. “Tem de ser aberto um procedimento criminal a este acidente, tem de se fazer uma investigação e têm de ser tomadas as medidas mais duras”, disse Sobyanin depois de visitar o local.

Os corpos de duas das vítimas no chão da estação

Entretanto, já se fazem contas às indemnizações a pagar às famílias das vítimas: 2 milhões de rublos (cerca de 43 mil euros) a cada uma e ainda 25 mil rublos (perto de 540 euros) para despesas de funeral, afirma o jornal Pravda.