A Fenprof vai entregar uma queixa-crime por causa das limitações à entrada dos sindicatos nas escolas, terça-feira, dia da prova dos professores. O Ministério da Educação enviou uma nota aos diretores das escolas em que justifica a decisão de não permitir a realização de reuniões sindicais nesse dia por causa da realização da prova, o que motivou uma reação imediata de Mário Nogueira, da Fenprof. Numa conferência de imprensa em Coimbra, Nogueira disse mesmo que os sindicatos irão chamar a polícia se alguém impedir reuniões sindicais nas escolas. Segundo os sindicatos, os professores que queiram participar nestas reuniões terão falta justificada ao exame. Reagindo à recusa dos tribunais de Lisboa, Beja e Coimbra em travar a Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC), o secretário-geral da Fenprof falou num teste absurdo e indigno, que mais parece um “teste psicotécnico”. “Estamos reduzidos a um teste completamente absurdo, que não tem rigorosamente nada a ver com a profissão de professor”, disse. “O Ministério já sujeitou os professores a este teste em 18 de dezembro e agora quer fazer o mesmo e faz tudo para o conseguir, incluindo ilegalidades. O Ministério teria de informar com 20 dias de antecedência a realização da prova. Teria cinco dias para informar os professores interessados de onde iriam fazer a prova. Os cinco dias foram, afinal, para publicitar a realização da prova”, referiu Mário Nogueira. O Ministério da Educação comunicou na passada quinta-feira, dia 17, que a prova de avaliação teria lugar dia 22. “O Ministério pede a colaboração dos professores para meterem na rua colegas seus. Não é razoável, não é justo e é indigno de um Estado de Direito democrático”, acusou.

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