Os supervisores financeiros norte-americanos voltaram ao BES Miami, segundo diz o Público para investigar operações com as subsidiárias do BES do Panamá e da Venezuela. O mesmo jornal acrescenta que também o Ministério Público português fez ontem, quarta-feira, buscas na sede do Grupo Espírito Santo, tendo-se deslocado a outras sociedades ligadas à família que tem liderado o GES e a empresas que tiveram ou têm relações comerciais com ele. A suspeita do jornal é que a Inspeção Geral de Finanças também tenha estado presentes nas averiguações.

No caso de Miami, as ações de fiscalização no ES Bank Miami não são uma estreia. Em Julho, o Público noticiou também que o departamento da Florida do Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), a autoridade de fiscalização financeira, esteve no ES Bank Miami, no âmbito de uma auditoria à governação, suspeitando-se de fuga ao fisco e de cruzamentos financeiros potencialmente irregulares com o ES Bank Panamá.

Quanto ao que se passa em Lisboa, estarão em causa as holdings do grupo. Mas os porta-vozes da Rioforte e da ESI garantiram ao jornal que as duas holdings não estiveram na mira do Ministério Público.

Na última sexta-feira, porém, a PGR admitiu estar já a investigar o GES, num comunicado oficial. Acrescentando que há vários processos de averiguação em curso. Já há dois anos, no quadro da Operação Monte Branco, a justiça portuguesa investigou o GES em doze transferências de 27,3 milhões efectuadas entre Julho de 2009 e Julho de 2011, movimentos que partiram do Banco Espírito Santo Angola para contas de empresas com sede no Panamá e cujos beneficiários serão Ricardo Salgado e Amílcar Morais Pires.

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