O juiz Carlos Alexandre, conhecido por “super juiz”, vai deixar de ter o monopólio dos maiores processos ligados à criminalidade económica e financeira a nível nacional. Desde 1999, ano em que foi criado, que o Tribunal Central de Instrução Criminal, conhecido por “ticão”, funciona apenas com um juiz.

De acordo com o Diário Económico, a partir de 1 de setembro o juiz responsável por processos como Freeport, Face Oculta, Apito Dourado e, agora, Monte Branco, vai dividir processos com outro magistrado. Ou seja, vão existir dois “super juízes”.

O Conselho Superior da Magistratura revelou na quarta-feira ao Económico o nome do segundo juiz: trata-se de Edgar Taborda Lopes, que está desde 1996 numa vara cível de Lisboa. Mas, explica o jornal, Edgar Lopes não irá ocupar o lugar para já, pois ainda não terminou a comissão de serviço na escola dos magistrados. A partir de 1 de setembro, e provisoriamente, quem irá dividir os processos com Carlos Alexandre será o juiz auxiliar João Filipe Bártolo, cujo trabalho está principalmente relacionado com o crime, pois exerce funções em varas criminais.

Carlos Alexandre assumiu funções em 2006 e, desde então, já lhe passaram pelas mãos diversas investigações a nomes de peso da área política, empresarial e financeira portuguesa. Entre outros, mandou deter Duarte Lima e Oliveira e Costa no caso BPN e, recentemente, ordenou a detenção de Ricardo Salgado, ex-presidente executivo do Banco Espírito Santo, para interrogatório no âmbito do caso Monte Branco.

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