A Espírito Santo Saúde deu, na última quinta-feira, gratuitamente, 27.962 ações a alguns dos seus administradores, a título de “remuneração variável. Segundo o comunicado do grupo, foi feita ao mesmo tempo uma aquisição de ações próprias, “através das suas subsidiárias”, de forma a que o número de ações da empresa na posse da mesma permanecesse igual (0,057% do total do capital social). O valor das transações varia entre os 4.456 euros e 31.000 euros.

A ESS, que é detida maioritariamente pela RioForte (holding do Grupo Espírito Santo, que acabou de pedir proteção contra credores), duplicou os seus lucros no primeiro trimestre, para os 101 milhões de euros. E deve ser posta à venda, como um dos ativos mais valiosos do GES. Quando isso acontecer, parte do dinheiro da venda terá de ser distribuído pelos credores da RioForte, tendo em conta as regras a determinar pelo Tribunal do Luxemburgo (país onde a holging tem a sede).

As ações foram distribuídas por sete dos administradores, envolvendo o Hospital da Arrábida, a Clínica Parque dos Poetas, S.A., Hospor – Hospitais Portugueses, o Hospital Privado de Aveiro, o Hospital Residencial do Mar, a Casas da Cidade – Residências Sénior, e o Hospital da Luz.

* Nota do diretor: foi retirada deste texto a referência inicial ao facto de alguns destes hospitais terem servido já de colateral, para que o GES obtivesse financiamento bancário, informação que nos foi desmetida pelo EES. Nossas desculpas pelo erro.

 

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