O candidato às primárias do PS António Costa afirmou esta quinta-feira que o Governo está “bloqueado no impasse que criou”, comentando os 134% do PIB da dívida pública portuguesa, e apontou como solução a aposta nos recursos do país. “O Governo está bloqueado no impasse em que criou e a única coisa que consegue discutir é se aumenta impostos ou se corta as pensões. Já vimos que esta receita não resolve os problemas do país”, referiu António Costa.

O candidato às primárias de 28 de setembro, em jeito de análise às notícias de hoje sobre o aumento da dívida pública portuguesa, referiu que “no início desta crise” Portugal tinha “a dívida em 97% do PIB [Produto Interno Bruto]”, mas “hoje com toda a asfixia fiscal, com todos os cortes nos salários, nos serviços, nas pensões” está em 134% do PIB. “Nós não nos aproximámos da solução. Temos um problema maior”, afirmou Costa. A dívida pública portuguesa subiu para os 134% do Produto Interno Bruto (PIB) no final do primeiro semestre, acima dos 132,4% registados no final dos primeiros três meses de 2014, segundo o Banco de Portugal.

De acordo com dados do boletim estatístico divulgado hoje pelo Banco de Portugal (BdP), a dívida pública na ótica de Maastricht (a que conta para Bruxelas) alcançou os 223.270 milhões de euros em junho deste ano. O também presidente da Câmara de Lisboa falava aos jornalistas num encontro em que ouviu lamentos e pedidos de pescadores no Porto de pesca da Póvoa de Varzim, tendo aproveitado para defender que o mar tem uma posição “central” na “estratégia de valorização dos recursos” de Portugal. “A estratégia para o mar tem de passar do papel para a realidade e para isso implica podermos chegar ao mar e isso implica a dragagem dos portos de forma a que os portos possam ser operativos”, disse.

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