A operação de segurança em torno da cimeira da NATO no País de Gales é maior do que a montada para os Jogos Olímpicos de 2012. Mas as preocupações são diferentes das do evento desportivo. As autoridades britânicas estão em alerta máximo porque temem um ciberataque.

Segundo o Financial Times, o maior receio das autoridades britânicas é um ataque virtual. Oficiais da unidade de defesa cibernética da NATO reuniram-se com pessoal do Government Communications Headquarters (GCHQ) — o serviço de inteligência britânico encarregado da segurança e da espionagem eletrónica –, e com outras agências congéneres, para se prepararem para o evento. As reuniões começaram logo em julho.

A preocupação surge na sequência de uma série de ataques aos servidores da NATO, sobretudo depois do conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Mais. Nos últimos meses as autoridades souberam de algumas “sofisticadas campanhas” a promoverem ataques pela internet, tendo como alvo alguns diplomatas.

Fontes policiais contactadas pelo Financial Times receiam que as páginas de internet da NATO sejam alvo de um ciberataque durante a cimeira de forma a descredibilizar a aliança. E acreditam que uma das motivações para este ataque poderá estar na procura de informações privilegiadas sobre possíveis decisões em relação à Rússia ou outro Estado. Informações que são classificadas.

A cimeira da NATO reúne representantes, entre presidentes, chefes de Governo, ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, de 28 estados-membros.

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