Setembro trouxe com ele um novo álbum dos Blonde Redhead. A banda norte-americana de rock alternativo continua a fazer aquilo que quer, pelo que o que se pode ouvir em Barragán é uma banda com 21 anos de carreira que continua a fazer experiências e a desafiar-se a si própria.

Lembra-se de Avi Buffalo? A jovem banda californiana estreou-se em 2010 com um álbum homónimo bastante elogiado pela crítica e, desde então, pouco se ouviu falar dela. Em setembro, Avi Zahner-Isenberg e os (novos) colegas de banda lançam At Best Cuckold. Eis uma amostra do que aí vem.

Quem também vai lançar o seu segundo álbum, apesar de já contar com mais de 10 anos de carreira (interrompida entre 2006 e 2011), são os Death From Above 1979. A banda canadiana vai lançar The Physical World a 9 de setembro e a amostra é de aguçar a curiosidade.

James Ford e Jas Shaw, ou Simian Mobile Disco, lançam Whrol a 9 de setembro. O duo britânico de eletrónica deixou de lado os computadores e gravou com dois sintetizadores e dois sequenciadores. Mais uma vez, o resultado anda longe de Attack Decay Sustain Release, o álbum de estreia que fez com que o mundo olhasse para eles.  “Tangents” é uma boa amostra da viagem sonora em que os Simian Mobile Disco nos conseguem levar.

Os Interpol estão de volta e trazem toda a sua raiva de volta. Pelo menos é assim que se chama uma das canções de El Pintor, o novo álbum. “Sentimos que é um regresso gigante à boa forma depois de sete anos de qualidade menor”, escreveu o site americano NME, que deu 8/10 ao álbum. Esperemos que os Interpol voltem a mostrar o que os fez crescer no passado.

Tem muitos, mas não é por isso que um novo álbum de Leonard Cohen não é sempre um acontecimento. Popular Problems tem data de lançamento marcada para 23 de setembro e celebra o 80.º aniversário do cantor e poeta canadiano. Uma das novas canções, “Almost like the blues”, já pode ser ouvida, assim como a voz inconfundível de Cohen.

13 anos depois, Aphex Twin está de regresso. Syro sai dia 22 de setembro e a expectativa é grande, já que Richard David James, verdadeiro nome de Aphex Twin, é um dos nomes mais importantes da música eletrónica contemporânea. Uma das músicas acaba de ser lançada na net, para satisfazer a curiosidade.

No mesmo dia temos novo álbum de Alt-J, sucessor de An Awesome Wave de 2012, o que não é dizer pouco. Com This is All Yours, a banda britânica tem de provar que foi merecedora da legião fiel de fãs que conquistou, tanto com as canções de estúdio como com os concertos que deu em Portugal – Mexefest e Alive. Tendo em conta novas canções como “Every Other Freckle”, parecem ir bem lançados.

Para o último dia de setembro lembramos a edição de dois álbuns de Prince de uma assentada, no ano em que “Purple Rain” celebra 30 anos. Art Official Age e Plectrumelectrum sucedem a 20Ten, lançado em 2010, ano em que Prince deu um concerto no festival Super Bock Super Rock, no Meco. Ao todo são 25 novas músicas de soul, r&b e funk, sendo que Plectrumelectrum é lançado com o grupo 3rdEyeGirl.

https://www.youtube.com/watch?v=-9OIFeNYBYk

Os fãs de Ani DiFranco já terão a prateleira cheia de CDs da norte-americana, mas haverá sempre espaço para mais um. Allergic to Water chega às lojas no final de setembro ou início de outubro e voltamos a ter a voz doce, a guitarra e o folk de volta.

Saltando até ao jazz contemporâneo, atenção ao novo disco do britânico Jamie Cullum. Interlude promete ser um álbum focado no jazz, com 12 canções gravadas à maneira antiga, e conta com a participação de Laura Mvula e Gregory Porter. Só sai a 6 de outubro, mas o primeiro single, “Don’t let me be misunderstoon”, com Porter, já pode ser escutado.

Também Diana Krall tem novo trabalho para mostrar, a 13 de outubro. Em Wallflower ouvimos a cantora canadiana recriar algumas das mais populares canções de todos os tempos, como “Sorry Seems to be the Hardest Word”, de Elton John, ou “California Dreamin” dos The Mamas & The Papas. Paul McCartney, icónico músico dos The Beatles, compôs um tema novo para o disco, chamado “If I Take You Home Tonight”.  O resto – e essencial – é Diana Krall, voz e talento, como sempre nos habitou.

Mas nem só de discos se faz a rentrée. Se quer saber mais sobre os concertos, livros, espetáculos, séries e filmes que aí vêm, clique aqui.