A Organização Mundial de Saúde considera que a Libéria enfrenta “um grande surto de ébola”, esperando milhares de novos casos até ao fim de setembro. A organização deu conta que 79 profissionais de saúde já morreram neste país após terem contraído o vírus e que nalgumas regiões há necessidade de mais camas de hospital para tratar os doentes. O quarto cidadão norte-americano infetado com ébola vai chegar esta terça-feira aos Estados Unidos para começar o tratamento num hospital em Atlanta.

A dificuldade da resposta dos países da África Ocidental à doença, está, segundo a Organização Mundial de Saúde, a atrasar o combate ao vírus. “Quando um novo centro de tratamento abre, enche-se imediatamente com pacientes, mostrando a verdadeira quantidade de casos. Quando não há espaço para mais pacientes, as pessoas regressam às suas comunidades, fazendo com que haja novos casos”, descreve um relatório da Organização Mundial de Saúde.

Até agora morreram pelo menos 2.105 pessoas infetadas, mais de metade na Libéria. O relatório chama a atenção para um grande número de casos na província de Montserrado, onde 1000 camas eram necessárias e apenas 240 estão disponíveis. Um dos “maiores focos de infeção” neste país são os táxis que transportam os pacientes até aos centros de tratamentos, identificou a Organização Mundial de Saúde.

Enquanto isto, o quarto norte-americano infetado pelo vírus naquela região vai esta terça-feira regressar aos EUA para iniciar tratamentos. O hospital em Atlanta, no estado da Georgia, que o vai receber não divulga mais dados sobre o paciente, mas a Organização Mundial de Saúde deu conta de um médico norte-americano que foi infetado na Serra Leoa e tudo indica que se trata da mesma pessoa.

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