Bruxelas, 15A sessão plenária de “rentrée” do Parlamento Europeu decorre entre segunda e quinta-feira, em Estrasburgo, com a política externa a dominar a agenda dos eurodeputados, que irão ratificar o acordo de associação entre União Europeia e Ucrânia.

Além do voto — em paralelo com o do parlamento ucraniano – do acordo de associação que visa aprofundar as relações políticas, económicas e comerciais entre UE e Ucrânia, a assembleia irá discutir as relações entre a UE e a Rússia, à luz da situação no leste da Ucrânia, e as crises humanitárias e de segurança no Iraque, Síria, Líbia e Gaza.

Relativamente ao acordo de associação entre UE e Ucrânia, o mesmo precisa de ser ratificado pelo PE e pelo parlamento ucraniano, o que deverá suceder sem quaisquer sobressaltos, devendo ser aplicado a título provisório a partir de 01 de novembro.

Ainda no quadro do conflito entre Ucrânia e Rússia e das relações da UE com Moscovo face ao mesmo, os eurodeputados vão questionar o comissário com a pasta da Agricultura, Dacian Ciolo?, sobre as medidas que tomou ou pretende tomar para fazer face à crise nos mercados agrícolas causada pelo embargo da Rússia aos produtos europeus.

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Na quarta-feira à tarde, o hemiciclo discutirá então — ainda com a Alta Representante para os Negócios Estrangeiros, Catherine Ashton, numa das suas derradeiras intervenções nesse cargo – a resposta da UE às atuais crises humanitárias e de segurança no Iraque, na Síria, na Líbia e em Gaza.

Na quinta-feira, a assembleia vota resoluções separadas sobre a situação no Iraque e na Síria e a ofensiva do Estado Islâmico (EI), incluindo a perseguição das minorias, e sobre a Líbia e sobre Israel e a Palestina, depois do conflito em Gaza.

Entre outros assuntos em agenda nesta sessão de “rentrée” do Parlamento Europeu, que só em outubro votará a “Comissão Juncker”, depois das audições a cada comissário designado, incluindo Carlos Moedas – a quem foi atribuída a pasta da Investigação, Ciência e Inovação -, conta-se um debate que já interessará ao comissário designado por Portugal, sobre a dotação financeira do programa “Horizonte 2020”.