O reitor da Universidade do Algarve (UALg) disse querer, no próximo ano, aumentar o número de alunos estrangeiros que tiram as suas licenciaturas no estabelecimento, sobretudo oriundos da comunidade lusófona, nomeadamente do Brasil, devido à proximidade linguística. “Antes de atingir públicos com volumes significativos de outras línguas, estamos muito apostados no público brasileiro”, disse António Branco, estimando que, no próximo ano letivo, haja pelo menos 30 a 50 estudantes estrangeiros a fazerem o seu curso integralmente na UAlg.

O reitor, que falava aos jornalistas à margem de uma visita ao concelho de Faro, que encerra uma ronda de visitas aos 16 concelhos algarvios, lembrou que só em março deste ano é que foi publicado o novo Estatuto do Estudante Internacional, que possibilita que alunos estrangeiros ingressem no Ensino Superior português, através de um regime especial. “Para o ano é natural que já tenhamos mais alunos nesse regime”, afirmou, acrescentando que este ano houve cerca de uma dezena de estudantes que ingressaram nas vagas criadas para esse efeito.

De acordo com António Branco, anualmente, há muitos milhares de estudantes que ficam de fora do sistema superior universitário público no Brasil, o que pode significar uma janela de oportunidade para a Universidade do Algarve, que já está a identificar possíveis “roadshows” em que possa apresentar a sua oferta, naquele país. “Queremos tentar chegar diretamente às escolas secundárias [brasileiras] das classes média, média alta, com a oferta formativa da Universidade do Algarve”, frisou, explicando que o processo integra a estratégia de internacionalização da universidade.

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