Os 4,82 euros oferecidos pela seguradora Fidelidade, controlada pelos chineses da Fosun, por cada ação da Espírito Santo Saúde são uma contrapartida “aceitável”. Os analistas do BPI aconselham, por isso, aos investidores que aceitem a proposta que estará em cima da mesa até diz 10 de Outubro.

A corrida pelo controlo da Espírito Santo Saúde (ESS) “poderá não ter terminado” com o registo, na sexta-feira, da oferta da Fidelidade, acreditam os analistas do BPI. Uma oferta que, nesta altura, concorre com a proposta dos mexicanos do Grupo Ángeles Servicios de Salud. Mas “acreditamos que o preço oferecido respeita o limite mínimo a que recomendaríamos vender as ações da ESS no âmbito de uma oferta registada oficialmente”, escreve o BPI Equity Research em nota enviada aos clientes.

A Fidelidade oferece 4,82 euros por ação e o Grupo Ángeles tem em cima da mesa uma proposta de 4,50 euros por ação. As ações foram vendidas na bolsa de Lisboa em Fevereiro a 3,20 euros cada uma.

Os analistas do BPI diz que os 4,82 euros por ação “não representam um grande prémio de controlo” mas é um valor “aceitável”. A recomendação é extensível a outras ofertas de valor semelhante ou superior que possam vir a surgir. Importante será, dizem os analistas, que sejam “respeitadas as condições das ofertas que já existem no mercado, nomeadamente a capacidade de receber o encaixe da venda no curto prazo”.

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O BPI diz que “resta ver se o Grupo Ángeles irá reagir à proposta da Fidelidade e aumentar o preço oferecido”. Tem até quinta-feira para o fazer e terá de superar a oferta da Ángeles em pelo menos 2%.

Além disso, falta saber se a José de Mello Saúde, que retirou a sua oferta mas disse manter o interesse na ES Saúde, está mesmo fora da corrida e se os americanos da UnitedHealth podem ter sucesso na abordagem de tentar negociar directamente, ou seja, fora de bolsa, a aquisição da posição de 51% da Espírito Santo Healthcare Investments na Espírito Santo Saúde.