A economia portuguesa ainda não recuperou metade do que perdeu desde 2011, tendo a destruição de riqueza superado os 10 mil milhões de euros nos dois primeiros anos de troika em Portugal, de acordo com os números divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística.

A forma de contabilizar o Produto Interno Bruto mudou e trouxe consigo também um grande aumento do PIB português. Essa mudança meteu o valor nominal do PIB (em euros) no final de 2010 em quase 180 mil milhões de euros.

Em abril de 2011, Portugal pediu ajuda financeira ao Fundo Monetário Internacional e aos seus parceiros da zona euro e da União Europeia. O resultado foi o acordo para um empréstimo de 78 mil milhões de euros e uma receita para reequilibrar a economia e as contas públicas.

Na segunda notificação a Bruxelas, ao abrigo do procedimento dos défices excessivos, o INE faz a revisão dos valores do PIB até 2010 já de acordo com as novas regras para calcular o PIB e o que se nota é uma queda do PIB em 2011 e 2012 que superou os 10 mil milhões de euros.

A recuperação dos dois anos seguintes do valor nominal do PIB – entre o efeito de crescimento real da economia inferior ao das quedas anteriores e com uma queda no efeito de preço no PIB – não chegou perto do que aconteceu em 2011 e 2012, e o resultado é uma recuperação inferior a 5 mil milhões de euros (4.880,6 milhões de euros), ou seja, menos de metade dos níveis pré-troika.

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