O presidente da TAP, Fernando Pinto, afirmou esta quarta-feira no Parlamento estar preocupado com a “velocidade” do aumento das taxas cobradas pela ANA às companhias aéreas, que têm um nova subida em dezembro.

“As taxas da ANA estão dentro da média da União Europeia, mas preocupa-nos a velocidade”, afirmou esta quarta-feira Fernando Pinto, quando questionado pelos deputados do PS sobre os sucessivos aumentos das taxas cobradas às companhias aéreas.

Recentemente, o presidente executivo da Ryanair considerou que o modelo de taxação, praticado pela ANA/Vinci, é caraterístico dos “regimes comunistas”.

Em agosto, a ANA anunciou um novo aumento das taxas reguladas cobradas às companhias aéreas em 7,56% no aeroporto de Lisboa e em 1,50% no aeroporto do Porto, a partir de 1 de dezembro, resultado de um aumento do tráfego acima do previsto.

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Opondo-se a essa medida, o PS apresentou um requerimento apelando para “necessidade de cabais esclarecimentos” sobre o “quarto aumento das taxas aeroportuárias desde o anúncio” da privatização da ANA, agora detida pela empresa francesa Vinci.

De acordo com fonte oficial da ANA, este aumento representa um acréscimo médio de 40 cêntimos por passageiro para um valor ainda assim “15% abaixo dos preços médios praticados pelos aeroportos europeus”.

No comunicado divulgado na sua página na Internet, a gestora dos aeroportos portugueses explica que “o tráfego acumulado à data de 30 de junho de 2014 é significativamente superior ao previsto em 2013 e as perspetivas de evolução para o verão IATA indicam um desempenho no segundo semestre que irá acentuar ainda mais esta tendência”.

“Tendo em conta os montantes de desvios de receita regulada a recuperar, considera-se justificada a recuperação dos défices estimados, procedendo ao reajustamento das taxas reguladas no aeroporto de Lisboa e do Porto no mês de dezembro de 2014”, adianta o presidente do Conselho de Administração, Jorge Ponce de Leão.