A Amazon está a planear abrir uma loja em pleno centro de Nova Iorque, avança o The Wall Street Journal. Com a entrada no mundo offline, a empresa de comércio eletrónico norte-americana vai poder usufruir da experiência “cara-a-cara” que só se encontra no comércio tradicional. Ao que parece, a Amazon quer relacionar-se com os consumidores fora do mundo virtual.

Se a informação – avançada por fontes próximas do processo – for verdadeira, a loja da Amazon abre antes do Natal e o sítio já está escolhido: será na mesma rua onde se encontra a loja de roupa e acessórios de moda Macy’s,  7 West 34th St, em frente ao Empire State Building.

O espaço funcionaria como um mini armazém, com stock limitado para entrega no próprio dia, devoluções de produtos, trocas e recolha de pedidos feitos online, além de atuar como centro de distribuição para os correios. É provável que, mais tarde, a loja também disponibilize dispositivos da Amazon, como os leitores de livros digitais Kindle, diz o Wall Street Journal.

A abertura de uma loja física é uma questão de marketing da marca, explicou Matt Nemer, analista da Wells Fargo “Poder fazer encomendas online num dia e levantá-las no próprio dia, numa loja, são ideias que estão a tornar-se populares e a Amazon precisa de estar no centro de tudo isto”, disse.

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Contudo, a operação também acarreta riscos. Até então, a empresa norte-americana tem evitado custos associados ao retalho, como contratos, vencimento dos colaboradores e a gestão do inventário das lojas. Essas despesas podem pôr em perigo as já finas margens de lucro da empresa.

Ainda não se sabem todos os pormenores sobre a loja de Nova Iorque, até porque os planos podem mudar, disseram as fontes próximas do processo, acrescentando que a loja é uma experiência e que pode revelar-se um fracasso. Se for um sucesso, será que a iniciativa se estende a outras cidades dos Estados Unidos da América (EUA)?

Há vários anos que a Amazon anda a planear abrir um outlet físico e chegou a procurar espaços em Seattle para o fazer, mas desistiu da ideia. Os preços competitivos e a entrega rápida são o segredo do negócio da Amazon, mas faltava-lhe o imediatismo que representa uma loja tradicional. Nova Iorque pode ser a estreia da marca no consumo offline.