O comentador da TVI e ex-líder do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu este domingo que o primeiro-ministro devia fazer uma remodelação governamental, quando comentava os problemas recentes na colocação de professores, e que o Governo deve ter uma palavra a dizer no caso da PT.

No seu espaço habitual de comentário semanal na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa disse que a responsabilidade dos casos já são do primeiro-ministro, e não apenas do ministro da Educação e do secretário de Estado do Ensino Básico – e que o mesmo se aplica com os problemas do Citius na Justiça –, e que estes casos ganham nova dimensão considerando a quantidade e o valor dos impostos que os portugueses pagam atualmente.

“Nunca se pagou tantos impostos como agora em tribunal, não há direito dos serviços fundamentais, como a justiça e a educação, terem este tipo de funcionamento”, disse.

Marcelo Rebelo de Sousa disse então que já tinha defendido antes uma remodelação e sugere alguma teimosia do lado de Passos Coelho: “Quantas mais vezes se disser em comentários que se deve remodelar, mais ele [Passos Coelho] diz ‘Não, eu sou firme’”, afirmou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Sobre o caso da PT, o social-democrata diz que o “Governo tem aqui uma palavra a dizer” e que apesar da sua posição liberal, deve intervir no caso da PT. Marcelo Rebelo de Sousa considera também que a Oi alterou estratégia e não está interessada no mundo lusófono, como Portugal estaria quando decidiu a fusão, mas sim em consolidar no Brasil. Portugal, diz, é um subproduto.

Sobre as recentes declarações do ministro da Economia, Pires de Lima, sobre o caso, onde empurrava para José Sócrates a culpa pela atual situação, o comentador da TVI diz que os governos têm culpa no caso desde 2000.

Já sobre a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2015, que o Governo tem de apresentar até quarta-feira na Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa diz que o Governo vai tentar guardar segredo para apresentar tudo ao mesmo tempo, mas que haverá uma “fórmula complicada” que permitirá alguma redução da sobretaxa de IRS, mas sem dar mais detalhes.