A oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Fidelidade, controlada pelos chineses da Fosun, sobre a Espírito Santo Saúde (ESS) conseguiu captar um total de 96,065% do capital social da empresa, segundo os resultados oficiais divulgados esta quarta-feira pela bolsa portuguesa. Na sequência desta operação, as unidades de saúde do Grupo Espírito Santo passam a chamar-se agora Luz Saúde.

“Estamos muitíssimos satisfeitos com o resultado desta operação. Adquirimos uma grande empresa”, afirmou Jorge Magalhães Correia, presidente da Fidelidade, citado pela Lusa, na sessão especial de bolsa dedicada à apresentação dos resultados da OPA.

“É a última vez que vamos usar este nome [ESS]. É um grupo diferente e não faz sentido continuar a usar a mesma marca”, afirmou Magalhães Correia, anunciando que vao adotar o nome do maior ativo da empresa, o Hospital da Luz, em Lisboa.

Contando com as ações que a Fidelidade já detinha, o grupo segurador possui uma participação total de 96,067% do capital social da ESS (91.784.436 ações), a que corresponde um investimento de 459,8 milhões de euros. Já a percentagem do capital social da ESS que não foi adquirida na oferta ascende a 3,933%.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A Fidelidade poderá agora avançar com uma OPA potestativa para adquirir os restantes títulos da ESS que não controla.

Na segunda-feira, o Conselho de Administração da ESS considerou “aceitável” a contrapartida de 5,01 euros por ação oferecida pela Fidelidade na OPA lançada sobre a empresa.

Na última sexta-feira, a Rioforte, ‘holding’ do Grupo Espírito Santo (GES) que controlava a maioria do capital da ESS através da Espírito Santo Health Care Investments, anunciou ter aceitado vender a participação de 51% que detinha na empresa à Fidelidade, por 5,01 euros.

Isto, depois de na quinta-feira passada, a Fidelidade ter revisto em alta o valor oferecido na OPA sobre a ESS, de 4,82 euros para 5,01 euros.

Os mexicanos da Ángeles e a José de Mello Saúde também avançaram com OPA sobre a ESS mas, entretanto, as mesmas ficaram sem efeito.

Já a proposta do UnitedHealth Group (UHG) feita diretamente à Rioforte, para um negócio a realizar fora de bolsa, caiu por determinação da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).