A Assembleia Geral das Nações Unidas votou quarta-feira a entrada de Angola (190 votos), Espanha (193), Malásia (187), Nova Zelândia (145) e Venezuela (181) para o Conselho de Segurança, o principal organismo decisório da ONU, conta o El País. Foram necessárias três votações para decidir entre Turquia e Espanha para a última vaga no Conselho. Acabaram por vencer os segundos. A Turquia esteve na luta no início, mas foi perdendo gás: 109 votos na primeira votação, 73 na segunda e 60 na derradeira. Após a votação, num sinal de fair-play, os ministros dos Negócios Estrangeiros turcos e espanhóis, Mevlut Cavusoglu e José Manuel Garca-Margallo, selaram o assunto com um abraço e sorrisos. Estes postos em disputa fazem parte dos dez lugares rotativos que tomam lugar no Conselho de Segurança.

Países que compõem o Conselho de Segurança das Nações Unidas: China, França, Reino Unido, Rússia e Estados Unidos (membros permanentes); Venezuela (substituiu Argentina), Nova Zelândia (Austrália), Chad, Chile, Jordânia, Lituânia, Espanha (Luxemburgo), Nigéria, Angola (Ruanda) e Malásia (Coreia do Sul).

A Espanha recebeu 132 votos na última votação quando necessitava de 128 para confirmar a quinta presença no Conselho de Segurança da ONU. Para Mariano Rajoy, o presidente do Governo espanhol, esta nomeação é uma”excelente notícia” e demonstra a confiança que a comunidade internacional tem no país, disse, citado pela Agência EFE.

A campanha espanhola foi lançada em 2005 pelo Governo de José Luis Zapatero e, posteriormente, assumida por Rajoy. O El País explica que esta vitória não é apenas uma questão de prestígio, mas sim uma alavanca para elevar e relevar o papel do país no panorama mundial. Acordos e conhecimento em primeira mão dos grandes assuntos geoestratégicos são outros argumentos. O reverso da moeda será a tomada de decisão sobre temas fraturantes, que resultará num jogo permanente de equilíbrios diplomáticos.

A Turquia era um dos favoritos ao Conselho de Segurança devido à expectativa de integrar a aliança internacional contra o Estado Islâmico. A favor tinha um numeroso exército e bases militares perto da intervenção dos jihadistas, mas a hesitação em colaborar com os Estados Unidos e aliados poderá ter custado a nomeação. O El País denuncia ainda que o Executivo turco tentou garantir votos através de acordos de cooperação com vários países, mas sem sucesso.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR