O secretário-geral do PS, António Costa, defendeu, esta quinta-feira à noite, que o Governo devia ter reduzido o IRS, em vez de baixar o IRC de 23% para 21%.

Em comentário no programa da SIC Notícias Quadratura do Círculo, António Costa defendeu que a margem que o Governo tinha para baixar impostos deveria ter-se feito sentir no orçamento das famílias, e não das empresas. “Porque o que mais limita o investimento das empresas é a falta de expectativas que têm relativamente à procura dos seus bens e dos seus serviços”, disse.

António Costa já se tinha pronunciado sobre o Orçamento de Estado momentos antes do programa, ao fim de três horas e meia reunido no Parlamento com cerca de duas dezenas de economistas. Classificou-o como um “fracasso” que revela um Governo “esgotado”. No programa, o secretário-geral do PS, principal partido da oposição, repetiu algumas das considerações que já tinha feito momentos antes, e afirmou que o caminho a seguir “não passa só pelo Orçamento”.

“O Primeiro-Ministro quer-nos convencer que está em estado de arrependimento do fanatismo fiscal e orçamental. Não está. O défice aumenta, não porque tenha diminuído a carga fiscal, não porque tenha aumentado os apoios sociais (…), não é por haver o aumento da boa despesa (…). Não. O aumento do défice resulta, simplesmente, de um fracasso orçamental”. Considerou que a colocação de um teto nas prestações sociais “é de uma enorme gravidade” e criticou também a gestão dos fundos comunitários que está a ser feita pelo Governo.

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