Distancie-se e questione: o que faz no trabalho é o melhor para si e para a sua empresa? Segundo a Forbes, a resposta pode estar em 14 comportamentos chave, que têm mais a ver com postura e atitude do que com produtividade. Jason Nazar, especialista em empreendedorismo e presidente da Docstoc, alerta: é melhor que não cometa um dos erros que se seguem.

1. Não entender quais são os objetivos da empresa

É da responsabilidade de todos compreender quais são os objetivos críticos da empresa, mesmo que as chefias não os tenham especificado. Mentes atentas percebem onde estão os problemas e quanto mais desligados os colaboradores estiverem desta ideia, mais difícil se torna acompanhar os objetivos. Não é suficiente fazer apenas o que lhe mandam. É preciso fazer o que é necessário para a empresa atingir as metas.

2. Não ser fundamental

Questione-se, levante dúvidas. A ideia é a de tentar perceber se faz falta à empresa onde trabalha. Se fosse despedido amanhã, os seus superiores sentiriam mais dificuldade no dia a dia? A empresa sofreria uma mudança? Se concluir que a resposta a estas questões é “não”, talvez deva reavaliar as suas funções e perguntar-se se está a dar o seu melhor. A segurança no trabalho passa por ser responsável por algo importante e por fazê-lo excecionalmente bem.

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3. Não ter um melhor amigo

Os estudos dizem que ter um “melhor amigo no local de trabalho” deixa os colaboradores mais felizes, positivos e aumenta as probabilidades de que se mantenham no emprego. A Forbes refere um estudo de mercado que conclui que as pessoas que estabelecem amizades fortes no trabalho têm sete vezes mais probabilidades de se comprometerem com o que fazem. Contudo, apenas 30% refere ter um verdadeiro amigo. Está à espera de quê para fazer um WBFF (Work Best Friend Forever, que, em tradução livre, quer dizer Melhor Amigo no Trabalho para Sempre)

4. Limitar-se à sua personalidade 

Imite os seus ídolos. Diz Jason Nazar que um dos truques para desempenhar melhor as funções do dia a dia passa por replicar os hábitos das pessoas que mais admira profissionalmente. Mesmo que estejamos a falar de nomes tão globais como Steve Jobs, fundador da Apple. A ideia é  de tentar reproduzir a forma como se vestem, como atendem o telefone, como tomam decisões ou como conduzem reuniões. Não se limite, supere-se.

5. Não fazer pausas suficientes

Os colaboradores que passam o dia “sentados ao computador” podem tornar-se num dos custos mais elevados para as empresas. Jason Nazar revela que lhe custava ver quando os colegas estavam sempre a fazer intervalos, mas percebeu que, no longo prazo, as pausas se revelaram fundamentais. Por isso, prefere que os seus colaboradores façam várias pausas fora do escritório, ao longo do dia, e que estejam 110% concentrados no seu trabalho durante o tempo que dedicam às suas funções.

6. Estabelecer limites a si próprio

Não restrinja o seu potencial. Quanto mais acreditar que existem coisas que não consegue fazer, mais provável se torna que nem sequer tente. Chegue ao local onde trabalha com a atitude de quem consegue vencer qualquer coisa. As únicas coisas que devem limitar o seu desempenho são a imaginação e o empenho.

7. Esquecer os consumidores

As pessoas que compram os produtos e serviços produzidos pela empresa em que trabalha são tão importantes como a sua família ou amigos. Interagir com os clientes é fundamental para saber como pensam e para que a política da empresa se foque no bem-estar de quem compra os seus produtos.

8. Não fazer de conta que é o líder

Jason Nazar explica que costuma encorajar os membros da sua equipa a entra na empresa e a imaginar que são eles os presidentes. E, nesse caso, devem questionar-se: que estado de espírito e tipo de mentalidade precisariam para liderar as equipas? É esse o pensamento que deve servir de base à experiência diária no local de trabalho, quando o objetivo é a excelência.

9. Assumir que ninguém está a avaliá-lo

Não ter feedback do trabalho no dia a dia não significa que os seus colegas e superiores não estejam atentos ao que está a fazer. Ou que o seu trabalho esteja a ter um impacto positivo. Seja a primeira pessoa a avaliar-se diariamente e assuma que os outros também estão a fazê-lo. Seja o seu crítico mais exigente.

10. Ser antipático e temperamental

Idealmente, todos os ambientes de trabalho deveriam ser meritocracias puras, mas a componente social da organização também é importante, segundo Jason Nazar, e ganha relevo na hora de despedir alguém. E deixa a questão: na hora de despedir alguém, entre duas pessoas que tenham o mesmo tipo de desempenho, quem é que vai acabar por sair: o colaborador temperamental ou o mais afável?

11. Chatear-se com as críticas

Chatear-se não vai resolver os seus problemas e acaba por ser um gasto de energia e tempo desnecessário. Quando for confrontado com um conflito ou tiver uma crítica negativa pergunte “de que forma posso melhorar?”, mesmo que não concorde com a sugestão. Segundo Jason Nazar, em situações destas é sempre possível aprender alguma coisa, porque ambos querem o melhor para a empresa.

12. Não estar a par de tudo o que se está a passar no ramo

Manter-se atualizado sobre as últimas notícias e novidades do setor em que a empresa atua é fundamental para que possa antever mudanças e trazer novas perspetivas, segundo Jason Nazar. Por isso, dedique, pelo menos, meia hora do seu dia a esta tarefa.

13. Esquecer o objetivo mais importante

Pense no que é mais importante para a empresa no curto, muito curto, médio e longo prazo. Escreva esse objetivo num papel e dedique grande parte da sua energia diária a tentar atingi-lo.

14. “Ficar à sombra da bananeira”

Não resuma o seu curriculum vitae às funções e competências necessárias para as funções que desempenha no emprego em que está atualmente. Pergunte-se: se for despedido amanhã, tem as competências necessárias para encontrar um emprego equiparável ou melhor no espaço de três meses? Se a resposta for negativa, então não está preparado para o mercado de trabalho de hoje. “Não se deixe apanhar desprevenido para a próxima mudança de carreira, seja ela voluntária ou não”, escreve Jason Nazar.