O BPI anunciou resultados negativos de 114,3 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. No entanto, o resultado no terceiro trimestre foi positivo em 40,7 milhões de euros, contra perdas no mesmo período de 2013.

Para os prejuízos até setembro contribuíram fatores não recorrentes no mercado português que representaram 186,9 milhões de euros. Entre estes elementos destacam-se as menos-valias na venda de dívida de Portugal e Itália, os custos com juros das obrigações asseguradas pelo Estado e com reformas antecipadas. Sem estes elementos, o banco teria anunciado um lucro consolidado de 72,5 milhões de euros, refere a instituição em comunicado.

O banco liderado por Fernando Ülrich é a primeira instituição financeira a anunciar resultados após o colapso do Banco Espírito Santo. O tema não é referido no comunicado do BPI, que só irá fazer conferência de imprensa na segunda-feira.

As contas até setembro revelam uma subida dos depósitos de 4,6%, o que equivale a mais 854 milhões de euros do que no mesmo mês de 2013. Este crescimento contrasta com a evolução verificada até junho, quando os depósitos estavam a cair 0,3%, muito influenciados pela saída em Junho de 774 milhões de euros do IGCP (Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública), relativos à transferência do fundo de pensões.

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No entanto, o grande crescimento de depósitos vem da operação angolana onde esta rubrica aumentou 19,4% face aos primeiros nove meses de 2013, o que equivale a um acréscimo de quase mil milhões de euros.

A operação internacional, que é dominada pelo BFA em Angola, contribuiu com 83,2 milhões para o resultado do BPI, o que corresponde a um acréscimo de 32,9% face aos primeiros nove meses do ano passado.

O crédito concedido caiu, com destaque para o mercado doméstico onde esta rubrica recuou 6,8% face a Setembro de 2013 e 1% face a junho deste ano,