O presidente da Direção Nacional da Associação Socioprofissional da Polícia Marítima, Miguel Soares, lamentou esta sexta-feira o facto de esta força policial continuar a não ter direito a um orçamento específico.

“O ministro da Defesa há alguns anos que anda a prometer que vamos ter um orçamento próprio, mas isso continua sem acontecer. Mantendo todo o quadro orçamental integrado dentro da estrutura da Marinha, não é possível à polícia marítima conseguir perceber quais são as receitas destinadas à formação de pessoal, à reabilitação das infraestruturas, à aquisição de meios e equipamentos operacionais e às progressões na carreira”, explicou Miguel Soares.

O dirigente falara após uma reunião entre a Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e a Associação dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, que decorreu na sede da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, no Porto. Garantindo que este problema tem sido uma “constante” e que o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, “há alguns anos anda a prometer” que a Polícia Marítima vai ter um orçamento próprio, Miguel Soares lamentou que, “ao contrário das outras forças de segurança”, a polícia marítima continue sem “conseguir fazer qualquer previsão”.

“Se pretendermos saber se há uma previsão para o aumento do quadro da Polícia Marítima, não conseguimos fazer esta contabilidade porque ao olharmos para o quadro do Orçamento do Estado destinado à Marinha, de facto há um rubrica destinada à Autoridade Marítima Nacional, mas não se consegue vislumbrar lá qualquer receita específica”, acrescentou.

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