A Caixa Geral de Depósitos (CGD) arrisca perder 114 milhões de euros em empréstimos à Espírito Santo Irmãos, mais uma sociedade do Grupo Espírito Santo que entrou em processo especial de revitalização, ou seja, que pode estar à beira da insolvência. A CGD é o terceiro maior credor desta empresa, a sociedade familiar que controla a Espírito Santo Financial Group (ESFG), ao passo que Américo Amorim é o segundo maior credor, com quase 180 milhões de euros em risco através de duas sociedades de direito holandês.

A lista de credores entregue pela Espírito Santo Irmãos junto do Tribunal do Comércio de Lisboa, citada este domingo pelo Diário de Notícias, mostra que o banco do Estado tem 114 milhões de euros em risco de não serem reembolsados pela “holding” do Grupo Espírito Santo (GES). Um grupo a que, segundo notícia recente do Público citada pelo Diário de Notícias, a Caixa Geral de Depósitos terá uma exposição total a rondar os 300 milhões de euros.

Fonte do banco contactada pelo DN não comentou a informação. Mas outra fonte ligada ao banco disse ao jornal que o nível da exposição está controlado, uma vez que a CGD tem ativos mais do que suficientes para compensar eventuais perdas. A fonte considerou também o nível de exposição ao GES normal tendo em conta a importância que o grupo tinha no setor financeiro nacional.

A Espírito Santo Irmãos, Sociedade Gestora de Participações Sociais (ES Irmãos), tem como principal credor a Rioforte, outra “holding” da complexa estrutura do GES e que está também à beira da falência no Luxemburgo, com 1,9 mil milhões de euros em dívida. O segundo maior credor é Américo Amorim, que através de duas sociedades de direito holandês – a Oil Investments e a TopBreach Holding – reclama 178 milhões de euros à ES Irmãos, empresa que arrisca seguir o mesmo caminho da Espírito Santo Financial (de Portugal), que já abriu falência.

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