O Fundo Monetário Internacional e a Comissão Europeia estão em Lisboa a terminar a primeira missão de monitorização pós programa e fizeram as suas próprias contas. A troika não acredita que o défice fique abaixo de 3% no próximo ano, apurou o Observador, ao contrário do Governo. Um défice acima de 2,9% do PIB representaria ainda um défice excessivo, em violação das regras de consolidação orçamental definidas na zona euro.

Faltam medidas ao Orçamento do Estado para 2015, que ainda não foi aprovado no Parlamento, e as receitas ficais estão sobrestimadas — é isto que a troika pensa da proposta do Governo.

FMI e Comissão Europeia fizeram as suas próprias contas, e nenhuma delas bate com a expectativa de redução para 2,7%.

O Fundo é o menos otimista. Para Washington, o défice orçamental de Portugal deve chegar aos 3,5% no próximo ano e a economia deve crescer apenas 1%.

Recorde-se que o Governo espera que o défice atinja os 2,7% do PIB, mais duas décimas que os 2,5% acordados com o Conselho Europeu e com a troika, e que a economia cresça 1,5% do PIB.

Já a equipa da Comissão Europeia espera que o défice fique acima de 3% do PIB, mas o número ainda está a ser finalizado e deverá aparecer nas previsões que serão divulgadas esta terça-feira, no Boletim Económico de Outono.

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