Ou o exército entrega o poder a um Governo de transição constituído por civis, no prazo de duas semanas, ou vai ter de enfrentar sanções. Esta é a principal medida que saiu da reunião desta segunda-feira do Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA).

A UA, citada pela BBC, defende que o exército agiu de forma inconstitucional quando tomou o poder ao presidente Blaise Compaoré, na sexta-feira. Os militares já tinham dito que iriam instalar um Governo de transição liderado por civis “o mais depressa possível”, mas há agora um prazo em cima da mesa.

De acordo com a oposição, perto de 30 pessoas foram mortas na última semana nos protestos que levaram à demissão de Blaise Compaoré, após 27 anos no poder. Na origem das manifestações e distúrbios na capital do Burkina Faso está a decisão presidencial de rever a Constituição para poder prolongar o mandato de Blaise Compaoré.

Na quinta-feira Compaoré voltou atrás com a decisão de rever a Constituição, mas as Forças Armadas do Burkina Faso anunciaram a dissolução do Governo e do parlamento, a instauração de um recolher obrigatório e a criação de um órgão de transição. A população celebrou a saída de Blaise Compaoré, até perceber que o exército tinha colocado no poder o tenente-coronel Isaac Zida.

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