O ministro da Educação, Nuno Crato, afirmou terça-feira discordar que o país tenha licenciados a mais e salientou que é preciso continuar a investir no Ensino Superior e na formação superior dos jovens.

Instado a reagir às declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, que disse que países como Portugal e Espanha têm demasiado licenciados, o que faz com que não tenham noção das vantagens do ensino vocacional, o governante sublinhou que “não concorda que o país tenha licenciados a mais”.

O ministro salientou ainda que é preciso continuar a investir no Ensino Superior e na formação superior dos jovens”. “Portanto a minha opinião é bastante diferente”, frisou.

Nuno Crato defendeu, no entanto, o ensino profissionalizante e salientou que é preciso ter “várias ofertas”.

“Precisamos de ter ofertas profissionalizantes, precisamos de ter ofertas do ensino dito regular, científico humanístico porque os nossos jovens têm o direito de escolher entre as diversas ofertas”, salientou.

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Agora, acrescentou, todos são incentivados a “prosseguirem os estudos, a formarem-se o melhor possível e a prosseguirem os estudos a nível pós secundário”.

Nuno Crato falava aos jornalistas, em Valpaços, no final de uma conferência inserida nas IV Jornadas “Consolidação, Crescimento e Coesão”, promovidas pelo PSD, sobre o Orçamento do Estado para 2015.

O Orçamento do Estado para o próximo ano estipula um reforço das ofertas profissionalizantes e o desenvolvimento dos cursos de Técnico Superior Profissional.

No seu discurso, Nuno Crato referiu ainda que “um jovem que sai do 12.º com uma profissão nas mãos, além do canudo, é um jovem que pode imediatamente integrar o mercado de trabalho e que pode contribuir para a sociedade”.

“E que pode ter bons empregos. Às vezes muitos desses jovens ganham mais do que os licenciados e porque ganham mais? Porque são necessários à nossa sociedade. Nós precisamos de pessoas em todas as profissões”, frisou.

E, para o ministro, o “ensino profissional que se está a valorizar é um caminho para esses jovens e para o desenvolvimento do país”.