Aos 37 anos, Filipa Veiga tem no yoga a derradeira paixão. Há dez anos trocou a dança clássica pela modalidade que trabalha o corpo e a mente. Foi em 1998 que lhe deu uma hipótese, com as primeiras aulas práticas a serem realizadas numa escola no Príncipe Real, tal como recorda com saudosismo. Ao Observador — onde vai ter vídeos a ensinar dicas sobre a filosofia hindu, entre outras propostas — explica que a prática regular da atividade não só faz uma pessoa sentir-se bem, como concede longevidade.

A vida de Filipa é uma verdadeira montanha-russa. De nacionalidade portuguesa, aos quatro anos mudou-se com a família para Macau, onde ficou até ser maior de idade. Regressada ao país que a viu nascer, ingressou na faculdade de Direito de Lisboa, para depois seguir uma carreira em jornalismo, com passagens pela RTP e pela SIC (aí trabalhou mais de 12 anos).

O stress e a adrenalina da profissão contagiaram-na até que a calma encontrou caminho de volta ao dia-a-dia. Faz mais de dois anos que vive em Bali com o marido alemão, Niki, e as duas filhas, de cinco e sete anos, Carlota e a Johanna, onde pratica é dá aulas da modalidade. Além disso, relata as suas experiências diárias no blogue Yoga-me.

© Hugo Amaral

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Filipa Veiga conta que a modalidade permite trabalhar o corpo e a mente em simultâneo — pratica o ashtanga yoga — e implica “disciplina, compromisso e foco”. Mas é também uma questão de valores e uma fonte de determinação que leva uma pessoa a pensar “eu vou fazer isto!”. Os resultados são visíveis, garante: “O corpo torna-se mais forte e mais flexível. Fisicamente ficas mais consciente do que te faz bem e do que te faz mal”. Uma espécie de remédio santo sem retorno.

É por essa razão que todos os dias acorda entre as 04h00 e as 06h00 da manhã. Vê o dia nascer e sente a energia da natureza em redor. A rotina funciona como uma forma de “rejuvenescimento diário” — depois de cinco a dez minutos de meditação, Filipa estica o tapete e pratica yoga durante cerca de duas horas, faz as mais variadas posições e tem sempre em conta a respiração, uma ferramenta fundamental para se conectar consigo própria. Diz já não trocar o hábito por nada, não fosse o yoga, explica, o seu seguro de vida.

Por esta e outras razões, Filipa Veiga é uma entendida na matéria e promete revelar, no Observador, as poses corretas e os melhores conselhos para quem quer entrar no mundo — descontraído — do yoga.