A bactéria Legionella já fez cinco vítimas mortais. O último balanço da Direção Geral de Saúde (DGS) aponta para 233 infetados, 38 dos quais internados nos Cuidados Intensivos. Há já vítimas internadas em vários pontos do País: 228 na Região de Lisboa e Vale do Tejo, três na Região Centro e dois na Região Norte.

De acordo com a DGS, “todos os casos reportados têm ligação epidemiológica ao surto que decorre em Vila Franca de Xira. As freguesias de Vialonga, Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa são as que continuam a registar a maior incidência”.

Os técnicos da DGS continuam a realizar colheitas em “domicílios” das freguesias infetadas. E continuam os inquéritos epidemiológicos.

O comunicado da DGS sublinha, ainda, que foi reforçado o cloro na água e que foram desativadas as fontes de ornamentação, de forma a prevenir a libertação de aerossóis (gotículas de água que inaladas podem transmitir a bactéria presente na água).

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Análises preliminares mandam encerrar torres de refrigeração

“Com base nas análises preliminares feitas pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e nos dados fornecidos pela georreferenciação dos casos ocorridos foram encerradas as torres de refrigeração das principais fábricas da zona afetada com vista a proceder à desinfeção e desincrustação das mesmas”, avança a DGS.

Esta medida de precaução foi tomada para reduzir possíveis focos de infeção até ser localizada a origem do surto. Recorde-se que, das amostras recolhidas, tem que esperar-se cinco a dez dias para concluir se existe ou não presença da bactéria. E que estão a ser tomadas medidas de prevenção de forma a prevenir mais infeções.

O diretor-geral de Saúde, Francisco George, fez também um conjunto de sessões de esclarecimento junto destas unidades fabris.

A Direção-Geral de Saúde continua a considerar que não existe fundamento científico que justifique o encerramento de escolas.

“Esta bactéria não infeta, em regra, crianças e jovens com idades até aos 20 anos”, diz o comunicado.

À semelhança de outros comunicados, a DGS reforça que “não há qualquer problema com a ingestão de água nas áreas afetadas. Também não existe qualquer risco de contágio pessoa a pessoa. A infeção apesar de ser grave tem tratamento”.

Cuidados a ter:

– Devem ser evitados os duches, jacuzis e hidromassagens enquanto a fonte do problema não for identificada.

– As cabeças dos chuveiros devem ser desinfetadas por imersão em solução com lixívia, durante cerca de 30 minutos, uma vez por semana, como medida de precaução.

– Nos termoacumuladores, se possível, a água deve estar regulada para temperaturas acima dos 75ºC.