Um estudo recente da Deloitte relativo ao Natal de 2014 revela que os portugueses estão mais otimistas em relação à evolução do poder de compra para o próximo ano, mas que se mantêm prudentes quanto à escolha dos presentes para este ano.

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© Andreia Reisinho Costa

Em relação aos locais de compra de presentes para este Natal, o estudo refere que 45% dos portugueses diz preferir os centros comerciais. Outros locais de eleição são os hipermercados ou supermercados, com 22% das preferências, e o retalho especializado, com 21%. O fator mais importante no momento da escolha continua a ser o preço, com 75% dos inquiridos a afirmar que vão ter o preço em consideração, mais 5% do que no ano anterior.

A percentagem de compras feitas online continua a crescer em toda a Europa. Portugal não é exceção. Cerca de 15% dos inquiridos disse que irá fazer compras online nesta quadra natalícia, e dois em cada três portugueses declararam usar a internet para pesquisar e comparar alternativas de compra.

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À semelhança do ano anterior, o presente mais desejado pelos portugueses é dinheiro, mas os livros tendem a ser o produto mais oferecido. Em relação às preferências, os homens preferem presentes relacionados com a tecnologia, como smartphones ou tablets, e as mulheres produtos relacionados com moda, como calçado, cosméticos ou acessórios.

Este ano, os portugueses estimam gastar um total de 270 euros por lar, menos do que no ano passado. O dinheiro será utilizado para a compra de presentes, de bebidas, comida e em socialização. A principal justificação apontada para a redução do orçamento de Natal é a redução do rendimento líquido de impostos. Outro dos motivos referidos é o nível de endividamento, que em 2013 equivalia a 13% das respostas, menos 9% do que em 2014.

Apesar disso, os portugueses revelam uma melhoria significativa nas expectativas de evolução do poder de compra para 2015. De acordo com o estudo, regista-se este ano um valor de menos 3% num índice que agrega a diferença entre respostas positivas e negativas. Este valor representa uma subida significativa face aos anos anteriores, com cerca de menos de 14% em 2013 e menos quarenta e quatro em 2012.

“O mote deste Natal bem pode ser ‘otimismo para o futuro, prudência no presente'”, refere Nuno Netto, membro associado da Deloitte. Para Netto, o estudo mostra de forma clara que, para a grande maioria dos portugueses, 2014 tem sido “mais um ano difícil em relação à evolução do poder de compra”, um sentimento que se reflete “nas expectativas de gastos para a quadra natalícia”. “Digno de registo é o aumento significativo de portugueses que acredita numa evolução positiva do seu poder de compra no ano 2015”, refere ainda.