“É com enorme preocupação que observamos a demissão do ministro da Administração Interna, num momento em que estavam prestes a ser iniciadas as negociações do novo Estatuto Profissional da PSP”, afirmou Armando Ferreira em declarações à Lusa.

“Com esta demissão desconfiamos e temos sérias dúvidas que venha a ser aprovado um novo estatuto até ao final do ano, porque o novo titular do cargo não vai ter tempo para se inteirar das pastas e não vai ter a capacidade de negociar um estatuto de forma a que este possa servir o interesse do país e dos polícias portugueses”, referiu o presidente do Sinapol.

Para Armando Ferreira, “de um ponto de vista técnico, a demissão do ministro foi um ato sensato”.

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, anunciou domingo que pediu a demissão do Governo, que foi aceite pelo primeiro-ministro. Numa declaração lida no Ministério da Administração Interna, Miguel Macedo disse não ter “qualquer responsabilidade pessoal” no caso de atribuição alegadamente fraudulenta de vistos dourados, que está a ser investigado no âmbito da Operação Labirinto, mas reconheceu que não tinha condições políticas para se manter no cargo.

Algumas pessoas com relações pessoais e profissionais a Miguel Macedo estão a ser averiguadas no âmbito dessa operação policial.

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