Se o crescimento da obesidade entre a população mundial se mantiver ao ritmo atual, metade dos habitantes do planeta sofrerão deste mal em 2030. A projeção é feita pelos consultores da McKinsey e foi divulgada nesta quinta-feira através de um estudo realizado pela empresa.

O documento calcula que, neste momento, mais de 2,1 mil milhões de pessoas são obesas ou têm peso excessivo, o que representa perto de uma em cada três, e chama a atenção de que aquele número corresponde a quase duas vezes e meia o total de habitantes da Terra que são vítimas de subnutrição. Para os autores do estudo, esta situação gera custos pessoais, sociais e económicos.

A obesidade, afirma a McKinsey, é responsável por 5% dos óbitos a nível global e o impacto económico representa 2,8% do produto interno bruto mundial, isto é, dois biliões de dólares [1,6 biliões de euros]. O valor é equivalente aos custos económicos do tabagismo, violência armada, guerras e terrorismo, sublinha o estudo.

Para os sistemas de saúde, a crescente obesidade também não é uma boa notícia. Os consultores estimam que, em média, 2% a 7% dos custos totais que suportam, entre os países desenvolvidos, são provocados por aquele mal, mas nesta contabilidade não estão incluídas despesas geradas por doenças provocadas pela obesidade, o que pode fazer subir para 20% os encargos totais, estima a McKinsey.

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