Madonna nunca teve grandes problemas em expor o corpo — foram inúmeras as vezes que se despiu de preconceitos, uma irreverência que já lhe é habitual. Numa entrevista para a publicação norte-americana Interview, a cantora de 56 anos voltou a repetir o feito e é fotografada em poses ousadas, inclusive com os seios a descoberto. As imagens levam a assinatura de Mert Alas e Marcus Piggott e podem ser vistas na totalidade aqui.
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É caso para dizer que há uma Madonna para diferentes gostos. Isto porque foram concebidas três capas para a edição de dezembro da revista, mas também porque a entrevista, conduzida pelo mágico e amigo David Blaine em novembro último, aponta para uma artista cuja mutabilidade é real e capaz de dar aos fãs uma versão preferida (e individual) da rainha da pop. “Madonna está a alcançar um novo nível de arte, criatividade e, talvez, identidade. Mesmo quando se reinventa, ela permanece uma obra-prima”.
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Além do enfoque óbvio — o próximo álbum que é previsto chegar às lojas em 2015 –, a entrevista aborda o “poder do silêncio”, a “necessidade de falhar” e a importância da palavra “não”. No decorrer daquilo que parece ser uma conversa informal, como se dois amigos estivessem a jantar e se esquecessem do gravador ligado em cima da mesa, Madonna explica que um dia em silêncio, sem ninguém, seria mais do que suportável. “Porque sinto que as pessoas estão sempre a falar comigo, para mim, a pedir coisas, a questionar-me, a pedir informação, trabalho, música, ruídos altos, crianças — é interminável. Então, a ideia de um dia inteiro de silêncio soa muito sedutora”.
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A certa altura, Blaine — a pessoa mais “neurótica” que entrevistou Madonna até hoje, segundo a própria — questiona a artista a propósito da nova música (“Devil Prays”) no vindouro disco, a qual aborda o tema das drogas. Perante isto, Madonna não tem problemas em falar sobre o seu passado e em explicar, na sua opinião, as pessoas tomam drogas para ficarem mais perto de Deus. E conta que experimentou de tudo. Mas assim que as tomava passava o tempo todo a beber água para retirar as substâncias tóxicas do sistema.
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Quando o assunto é a mãe da artista, que faleceu quando esta tinha apenas cinco anos, a cantora diz que ela é uma das forças motrizes por detrás da sua ética de trabalho. “Eu fiquei muito obcecada com a morte e com a ideia de que nós nunca sabemos quando é que a morte chega, pelo que uma pessoa tem de fazer o máximo possível (…) para a aproveitar a vida. (…) E a morte foi uma grande parte da minha vida enquanto crescia. Eu fui a muitos funerais”. A artista conta ainda que vê na mãe um “anjo” que a acompanha.
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Madonna revela ainda que, na maioria das vezes, está “triste” quando escreve novas canções. “Porque estou triste a maior parte do tempo (…) Não triste, mas chateada com alguma coisa… O sofrimento é um grande informador, um grande catalisador para a criação”.