Uma mulher processou o Estado francês por este ter permitido que o seu filho menor viajasse sozinho para a Síria, via Turquia. Desconhece-se ao certo em que circunstâncias se encontra o menor, mas os casos de adolescentes que abandonam a França para se juntarem ao Estado Islâmico estão a aumentar.

A notícia foi avançada pelo jornal francês Le Parisien e citada pela Associated Press. O rapaz de 16 anos deixou a cidade francesa de Nice há cerca de um ano. Naquele dia ele terá dito à mãe que ia dormir em casa de um amigo e não mais voltou. Terão sido os vizinhos que a avisaram de que o filho tinha partido para a Síria, via Turquia, para fazer trabalho humanitário.

Mas o número crescente de casos de adolescentes franceses que estão a integrar as fileiras do Estado Islâmico levam a família a suspeitar de outras hipóteses.

Há dois anos o governo francês passou a permitir que os menores com bilhete de identidade válido viajassem sem supervisão. Desde que tenham o documento de identificação válido, podem abandonar o País.

A advogada da família, Samia Maktouf defende que o Estado deve ter a responsabilidade de impedir que as suas crianças viajem para zonas de conflito. Na queixa que formalizou, a causídica diz mesmo que o adolescente viajou apenas com o cartão de identificação e sem passaporte. E que, na altura, a polícia foi alertada e até poderia ter agido e impedido a saída.

Esta queixa pode ser a primeira de várias idênticas de famílias que têm visto os seus filhos adolescentes partirem. Contactado pela Associated Press, o Ministério do Interior Francês não respondeu às questões colocadas, mas referiu que o rapaz abandonou o País de uma forma perfeitamente “legal”.

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