O histórico socialista Manuel Alegre considerou esta terça-feira, depois de visitar o antigo primeiro-ministro no estabelecimento prisional de Évora, que José Sócrates “não é mais nem menos” do que outro cidadão e defendeu que o ex-primeiro-ministro tem direito “à presunção de inocência” e “a não ser julgado na praça pública”.

“José Sócrates não é mais do que um outro cidadão português, mas também não é menos”, afirmou Manuel Alegre, à saída do Estabelecimento Prisional de Évora.

Após o encontro, que durou cerca de uma hora, Manuel alegre assinalou aos jornalistas que Sócrates, “como qualquer cidadão português, antes de ser acusado, julgado e condenado, tem direto à presunção de inocência”.

E, acrescentou, tal como outro cidadão nacional, o antigo líder do PS “tem direito a não ser julgado e condenado na praça pública”.

Perante a insistência dos jornalistas, Manuel Alegre limitou-se a dizer que foi a Évora para visitar “um amigo” e escusou-se a fazer mais declarações.

O antigo candidato presidencial e histórico do PS Manuel Alegre entrou esta terça-feira, cerca das 15:30, no Estabelecimento Prisional de Évora para visitar o ex-primeiro-ministro José Sócrates, em prisão preventiva há duas semanas.

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O político e escritor, que não prestou declarações aos jornalistas ao chegar ao presídio de Évora, levava consigo um exemplar do seu livro “Tudo é e Não é”.

A 21 de novembro, o antigo líder do PS e ex-primeiro-ministro foi detido e, após interrogatório judicial, ficou em prisão preventiva, por o juiz considerar existir perigo de fuga e de perturbação da recolha e da conservação da prova.

José Sócrates está indiciado dos crimes de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada num processo que envolve outros arguidos, incluindo o empresário e seu amigo Carlos Santos Silva, também em prisão preventiva.