Os deputados irlandeses aprovaram na quarta-feira uma moção simbólica pedindo ao Governo que reconheça o Estado palestiniano.

O parlamento irlandês é o mais recente hemiciclo europeu a votar neste sentido, depois de já o terem feito os franceses, britânicos e espanhóis, refletindo um sentimento crescente de frustração perante a estagnação do processo de paz.

A moção, que não é vinculativa, pede ao Governo irlandês que “reconheça oficialmente o Estado da Palestina de acordo com as fronteiras de 1967 e com Jerusalém Oriental como sua capital, tal como é estipulado pelas resoluções das Nações Unidas”.

Este seria “um contributo positivo para garantir uma solução negociada entre dois Estados no conflito israelo-palestiniano”, indica a moção.

O Governo irlandês não é obrigado a apresentar uma proposta, mas o ministro dos Negócios Estrangeiros, Charlie Flanagan, declarou que Dublin apoia o princípio de uma solução baseada na existência de dois Estados”.

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“Afirmei claramente que não tenho nenhuma reserva de princípio à ideia de um reconhecimento rápido se, tal como acredito, isso contribuir para uma solução do conflito”, defendeu.

Em outubro, a Suécia foi o primeiro país da Europa ocidental a reconhecer o Estado da Palestina. Segundo a Autoridade palestiniana, cerca de 135 países no mundo já o fizeram.