A TAP já recebeu o pré-aviso de greve marcada por 12 sindicatos ligados à empresa para os dias 27 a 30 deste mês, mas ainda aguarda “desenvolvimentos”. Reembolsos dos bilhetes estarão garantidos, mas a companhia ainda aguarda desenvolvimentos.

Ao Observador, o assessor de imprensa da TAP, disse que a companhia “foi surpreendida pelo pré-aviso de greve do sindicato dos pilotos apresentado para os dias 27, 28, 29 e 30 de dezembro” e que “a empresa está neste momento a analisar todas as implicações que esta greve possa ter e quais as ações a tomar para proteger da melhor forma possível os seus clientes, lamentando desde já todos os inconvenientes causados”. Independentemente desse trabalho de análise “A TAP aguarda os possíveis desenvolvimentos desta situação”.

Lembre-se que para sexta-feira está marcada uma reunião entre os sindicatos e o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro.

Os 12 sindicatos que representam os trabalhadores da TAP, entre os quais os pilotos, decidiram na quarta-feira avançar com uma greve de quatro dias, entre 27 e 30 de dezembro. Num comunicado conjunto, a plataforma que reúne os 12 sindicatos da TAP referiu que a greve tem como objetivo “sensibilizar o Governo para a necessidade de travar o processo de privatização”.

“As garantias invocadas pelo Governo, até este momento, não são credíveis, nem eficazes. O interesse nacional não é salvaguardado. Não há urgência em privatizar, tal como o ministro da Economia transmitiu no passado dia 05 de dezembro, na Assembleia da República”, adianta o comunicado da Plataforma Sindical da TAP, divulgado na quarta-feira após uma assembleia-geral do Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil.

Já esta quinta-feira, o ministro da Economia, António Pires de Lima, classificou o tema da greve de “sensível” e “delicado”, relativamente a uma empresa “muito importante para os portugueses” e que “presta serviços relevantes todo o ano”. O ministro rejeitou pronunciar-se publicamente sobre o tema, nomeadamente por estar nos Estados Unidos a “promover a atividade exportadora, de inovação e de empreendedorismo” portuguesa. “Vou ouvir e não quero de maneira nenhuma estar-me a antecipar publicamente àquilo que será a reunião de sexta-feira”, reiterou.

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