No mês passado, o governo filipino indicou que ia construir um “papamóvel” de características próprias, em coordenação com a segurança do Vaticano para proteger Francisco de ameaças não especificadas durante a visita ao bastião católico da Ásia.

De acordo com responsáveis da Igreja católica do arquipélago, o veículo será aberto mas “não à prova de bala”, para responder às exigências do papa. “O papa vai estar muito vulnerável durante a visita”, disse o padre David Concepcion, um dos membros da comissão eclesiástica que está a preparar a visita papal.

Francisco deverá chegar a Manila, depois da visita ao Sri Lanka, a 15 de janeiro e passar todo um dia, a 17 de janeiro, com as vítimas do tufão Haiyan, nas cidades de Tacloban e Palo, na ilha central de Leyte.

Em novembro do ano passado, o tufão, o maior de sempre a atingir terra, deixou 7.350 mortos ou desaparecidos e milhões de desalojados, depois de ter desencadeado ondas gigantes que varreram localidades inteiras.

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No início do ano, o papa Francisco afirmou preferir viajar em carros abertos, em vez de usar o “papamóvel” do Vaticano, à prova de bala, usado pelos anteriores pontífices, que apelidou de “lata de sardinhas”.

“O novo ‘papamóvel’ será um símbolo da vontade (de Francisco) de manifestar a sua simpatia pelo povo filipino e de mostrar que tipo de igreja quer transmitir às pessoas”, afirmou Concepcion, em conferência de imprensa.

O veículo “não terá ar condicionado, portanto o papa vai sentir o calor tropical. Se chover, também vai ficar encharcado”, acrescentou. O papa “quer ser acessível, e quer ter a opção de parar e andar na rua, em qualquer local”, disse.

O governo filipino anunciou já esperar seis milhões de pessoas a assistir à missa papal em Tacloban e, no dia seguinte, em Manila.