O Conselho da União Europeia determinou novas sanções à Crimeia e a Sebastopol – cidade localizada na península da Crimeia -, como resposta àquilo que considera ser a “anexação ilegal” pela Rússia destes territórios. Os Estados-membros devem cessar imediatamente o investimento em setores essenciais da economia da Crimeia, como o setor Imobiliário, dos Transportes e da Energia.

A decisão do Conselho, que segue uma conclusão adotada pelo Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia a 17 de novembro, prevê, também, a interrupção de qualquer tipo de financiamento de empresas da região da Crimeia.

Mas as sanções não se ficam por aqui: os operadores de turismo da UE não estão mais autorizados a oferecer os seus serviços na Crimeia e em Sebastopol. Isto abrange especialmente os navios de cruzeiro que não poderão, a partir deste momento, atracar nos portos da Crimeia, a menos que tal aconteça em situações de emergência.

“Isto aplica-se a todos os navios detidos ou controlados por um país da União Europeia ou que naveguem sob a bandeira de um Estado-membro”, pode ler-se no comunicado de imprensa emitido esta quinta-feira. “Apenas os contratos existentes poderão ser honrados até 20 de março”, esclareceu o Conselho.

A exportação de bens e tecnologias que tenham como destino empresas da Crimeia ou que, presumivelmente, se destinem ao uso e consumo naquele país, está também proibida de acordo com as normas agora adotadas pelo Conselho da União Europeia.

Os países-membros estão, por isso, proibidos de investir em setores como os Transportes, as Telecomunicações, setores da Energia e da “exploração e produção de petróleo, gás e recursos mineiras”, ou de prestar qualquer assistência técnica para a reparação e construção de infraestruturas relacionadas com estes setores.

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