A revista norte-americana Science elegeu esta sexta-feira como o “avanço científico número um do top de 2014” o encontro da sonda Rosetta, da Agência Espacial Europeia, com um cometa.

Após deixar a Terra em 2004, a sonda Rosetta entrou em contacto com o cometa conhecido como 67P/Churyumov-Gerasimenko em agosto deste ano, lançando depois a sonda Philae, que fez a primeira aterragem bem-sucedida de sempre num cometa.

Ainda que a sonda se encontre inativa, são elevadas as esperanças de que “acorde” no próximo ano e que envie mais informação científica sobre as condições do cometa.

“A aterragem da sonda Philae foi um fantástico feito e captou a atenção do mundo”, disse Tim Appenzeller, o editor da revista Science.

“Mas toda a missão da sonda Roseta é um feito incrível. Tem dado aos cientistas a oportunidade de observarem de camarote a forma como um cometa se aquece, respira e evolui”, vincou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Outros feitos que constam do top 10 anual da revista:

  • Uma série de artigos sobre como os dinossauros evoluíram para se tornarem pássaros.
  • Uma investigação que mostrou que o sangue de um rato jovem pode rejuvenescer os músculos e cérebro de ratos mais velhos, o que levou a um ensaio clínico em humanos com a doença de Alzheimer.
  • Equipas de robots que colaboram para obter uma tarefa sem a supervisão de humanos.
  • O desenvolvimento liderado pela IBM de chips de computadores que simulam a arquitetura de um cérebro humano.
  • Novas formas do crescimento de células que se assemelham a células beta, que produzem a insulina do pâncreas e que podem ser um novo caminho para o estudo da diabetes.
  • A descoberta que pinturas rupestres indonésias, que se julgava ter 10 mil anos, têm afinal entre 35 mil e 40 mil anos.
  • Avanços na manipulação das memórias dos ratos usando a optogenética, ou feixes de luz.
  • Satélites baratos com lados de dez centímetros, chamados CubeSats, que foram saudados pela sua incursão na “ciência real”.
  • A engenharia da bactéria E. cole sintética com dois nucleótidos adicionais — X e Y — além dos normais G, T, C e A que compõem a construção em blocos de DNA.