O produto interno bruto (PIB) dos EUA aumentou 5% no terceiro trimestre, o crescimento mais acentuado da última década e que bateu as estimativas dos economistas. A subida dos preços no imobiliário, a energia e combustíveis mais baratos e aumento do emprego estão a inspirar confiança aos consumidores, o que é decisivo para a maior economia do mundo já que o consumo privado corresponde a cerca de 70% do PIB.

A bolsa de Nova Iorque está em máximos históricos, com o índice Dow Jones Industrial Average a superar os 18 mil pontos pela primeira vez na História, reagindo com grande otimismo ao número divulgado pelo Departamento do Comércio nesta terça-feira. O PIB cresceu a uma taxa anual de 5% no terceiro trimestre, o aumento mais expressivo desde o terceiro trimestre de 2003.

Os economistas consultados pela Bloomberg apontavam, em média, para um crescimento de 4,3%, que já seria uma melhoria face aos 3,9% inicialmente estimados pelo Departamento do Comércio para o terceiro trimestre. No segundo trimestre, o PIB tinha crescido 4,6%.

A contribuir para o crescimento de 5% da economia esteve o aumento de 3,2% do consumo das famílias. O Departamento do Comércio tinha inicialmente calculado um aumento de 2,2% nesta rubrica, no terceiro trimestre. Subiu também o investimento empresarial, sobretudo na construção, equipamento e investigação e inovação.

“Depois de cinco anos de crescimento baixo, a economia está finalmente a sair da reabilitação”, diz à Bloomberg Ethan Harris, economista do Bank of America. Ainda assim, o especialista acredita que a Reserva Federal vai ajustar a política de uma forma “muito lenta, que aperte as condições de financiamento de forma muito suave”. O banco central dos EUA tem a taxa de juro em 0% desde 2008 e, depois dos vários programas de estímulo promovidos nos últimos anos, deverá em 2015 anunciar a primeira subida da taxa de juro desde a crise.

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